domingo, 23 de setembro de 2012

Antes da denúncia, assessoria da comunista Vanessa Grazziotin sabia que fora cuspe

Espantoso o cinismo da senadora Vanessa Grazziotin, candidata do PCdoB a prefeita de Manaus. No último dia 11, perto das 21 horas, ela foi atingida por algo que identificou como um ovo ao chegar para um debate em uma emissora de televisão da cidade. Em um dos intervalos do debate, a emissora noticiou que Vanessa Grazziotin fora atingida por ovos. Ela nada comentou. Manchete do jornal A Crítica do dia 12: "Vanessa é agredida com ovos". A fotografia do momento da agressão estampada pelo jornal fora produzida pela assessoria da candidata. Na madrugada do dia 12, em jatinho que serve ao senador Eduardo Braga (PMDB), líder do governo e ex-governador do Amazonas, Vanessa voou para Brasília. Às 15h27, da tribuna do Senado, denunciou a agressão que sofrera. A ovos, naturalmente. Pois bem: 13h e 38 minutos antes de Vanessa começar seu discurso, um membro da equipe jurídica da campanha dela havia sido ouvido pela polícia e dito que o ovo não passara de cuspe. Para ser exato: o membro da equipe jurídica da campanha registrou a ocorrência na polícia a 1h49 da madrugada. Perguntas que não querem calar: 1) nenhum assessor da senadora se deu ao trabalho de informá-la a respeito da cusparada de modo a evitar que o Senado fosse enganado com uma mentira?; 2) a senadora não se deu ao trabalho de telefonar de Brasília para seus assessores interessada em saber se a polícia do seu Estado já descobrira o autor do arremesso do ovo? No seu discurso, Vanessa sugeriu que o ovo fora jogado por partidários de outro candidato a prefeito de Manaus. Não disse qual. A equipe de marketing de Vanessa Grazziotin gravou os apartes de solidariedade de colegas que ela recebeu ao longo do seu discurso. Os apartes foram parar no programa eleitoral de Vanessa Graziottin. Dilma gravou uma mensagem de solidariedade a Vanessa Graziottin, também divulgada no programa eleitoral. Por fim, Lula foi a Manaus pedir votos para ela. E aproveitou para desancar Artur Virgilio, candidato a prefeito do PSDB, embora não tenha citado seu nome. Chamou-o de homem violento, que gosta de bater nas pessoas e que detesta pobres. Tudo para fazer a conexão com a história inventada. Faz sentido, não é mesmo?

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