sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Superávit primário acumula R$ 71,2 bilhões em sete meses do ano

O superávit primário, esforço para o pagamento de juros da dívida, do setor público chegou a R$ 5,57 bilhões, em julho, segundo dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira. A conta reúne a economia feita pelos governos governos federal, estaduais e municipais e pelas empresas estatais para o pagamento da dívida. O esforço fiscal no mês passado foi menor do que o registrado em julho de 2011 (R$ 13,789 bilhões). Nos sete primeiros meses do ano, o superávit primário chegou a R$ 71,229 bilhões, menor do que o resultado de igual período de 2011 (R$ 91,979 bilhões). Em 12 meses encerrados em julho, o resultado ficou em R$ 107,96 bilhões, o que representa 2,51% de tudo o que o País produz (PIB). A meta para este ano é R$ 139,8 bilhões. O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida (títulos da dívida mobiliária). Esses juros chegaram a R$ 17,435 bilhões, em julho, e se acumularam em R$ 128,462 bilhões nos sete meses deste ano, ante R$ 18,797 bilhões e R$ 138,544 bilhões, respectivamente, em iguais períodos de 2011. Com isso, o déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, ficou em R$ 11,866 bilhões, no mês passado, e em R$ 57,234 bilhões, de janeiro a julho. Em julho do ano passado, o déficit nominal ficou em R$ 5,007 bilhões, e nos sete meses do ano em R$ 46,565 bilhões. Ou seja, essa é a economia que falta para o pagamento do monte de juros da dívida mobiliária. Nos sete meses do ano, o governo central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) registrou superávit primário de R$ 51,896 bilhões, enquanto os governos regionais (estaduais e municipais) apresentaram R$ 17,874 bilhões e as empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram R$ 1,458 bilhão. Somente em julho, o superávit primário do governo central foi R$ 3,835 bilhões. Os governos regionais registraram superávit de R$ 1,005 bilhão, e as empresas estatais de R$ 730 milhões. Se não houvesse a dívida, o governo federal teria mais de 100 bilhões anuais para investimentos sociais e em infraestrutura.

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