domingo, 26 de agosto de 2012

Servidores rejeitam proposta do governo Dilma e ameaçam radicalizar

Servidores federais recusaram, no sábado, a proposta do governo Dilma Rousseff, que propôs um reajuste salarial de 15,8%, fatiado em três parcelas, de 2013 a 2015. O impasse continua e representantes de algumas categorias saíram da reunião no Ministério do Planejamento dispostos a radicalizar a greve. “Se o governo insistir nessa postura intransigente, vamos à greve por tempo indeterminado”, ameaçou Allan Titonelli Nunes, do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal. Os profissionais da Advocacia da União, que nunca fizeram greve, mas estão promovendo manifestações de protesto, recebem salários entre R$ 14,5 mil, no início de carreira, e R$ 19,5 mil, no topo. Eles querem ser equiparados à magistratura e ao Ministério Público, instituição com remunerações que chegam a R$ 26 mil. A União das Carreiras de Estado, que congrega 22 sindicatos e mais de 50 mil servidores de áreas estratégicas, foi uma das entidades que rejeitaram a proposta do governo para encerrar as ações de protesto. O movimento prejudica as atividades da Polícia Federal, da Receita e de órgãos de controle e fiscalização. “A Polícia Federal está sucateada. Cortaram 70% dos recursos de custeio e até atividades rotineiras de investigação estão prejudicadas. Falta dinheiro até para coletes e munição”, reclamou o delegado Amaury Portugal, presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Federal em São Paulo.

Nenhum comentário: