domingo, 19 de agosto de 2012

Queda da inadimplência deve estimular retomada do crescimento econômico este ano, diz professor da FGV

A desaceleração da economia no segundo trimestre deste ano foi mais branda do que o mercado financeiro imaginava e a tendência é que haja retomada neste semestre, com resultados mais favoráveis em 2013. A avaliação é do professor Robson Gonçalves, da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Para o professor, as estimativas do mercado financeiro estão sendo reduzidas muito rapidamente. Na última segunda-feira, o boletim Focus, resultado de pesquisa do Banco Central com analistas do mercado financeiro, mostrou a segunda redução seguida na projeção para o crescimento do PIB. A estimativa passou de 1,85% para 1,81%. Há quatro semanas, essa projeção estava em 1,9%. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na sexta-feira, mostrou crescimento de 0,38%, no segundo trimestre deste ano, ante o período de janeiro a maio deste ano. Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o quarto trimestre do ano passado, o crescimento havia chegado a 0,63%. Já os dados mensais mostraram que, em junho, a expansão de 0,75% foi a maior desde março de 2011 (1,47%). Para Gonçalves, a retomada do crescimento econômico neste semestre será puxada pela redução da inadimplência, que apresenta sinais de recuo. Ele acrescentou que, com o pagamento das dívidas pelas famílias, será possível haver retomada da expansão da demanda por produtos e serviços. De acordo com o professor, o que tem estimulado essa melhora no cenário é a redução da taxa básica de juros, a Selic, que serve de referência para as demais taxas.

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