quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ministro Guido Mantega anuncia novas medidas de estímulo para bens de capital

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou novas medidas de estímulo para a produção de bens de capital. O ministro informou nesta quarta-feira que os juros da linha de financiamento para caminhões dentro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, cairão de 5,5% ao ano para 2,5% ao ano. Para ônibus, os juros passaram de 7,7% para 5,5% ao ano. Mantega também afirmou que a taxa de juros para a compra de máquinas e equipamentos em todo o sistema produtivo cairá de 5,5% para 2,5% ao ano. "É a menor taxa que já existiu para financiamento desta natureza", disse o ministro. "São linhas de 120 meses, com um ano de carência. São linhas atraentes para o investidor", completou. Para a linha Procaminhoneiro, os juros também passam de 5,5% para 2,5% ao ano. "Levando em conta a inflação de 4,5%, temos juros reais negativos. Vamos estimular de setembro a dezembro os investimentos, a custo reduzido neste período", afirmou. Além da redução de juros, o IPI também se manterá zerado até 31 de dezembro de 2013 para a produção de bens de capital, como equipamentos nucleares, partes e peças para máquinas e motores, entre outros produtos. A renúncia fiscal será de 1,1 bilhão de reais até o ano que vem. No total, o governo deixará de arrecadar 5,5 bilhões de reais com IPI até dezembro de 2013. O ministro anunciou também a criação de uma nova linha de financiamento para bens de capital usados. "Quando o cidadão quer comprar um caminhão novo, ele tem que vender um usado e necessita de uma linha para o comprador do usado", exemplificou. O ministro ressaltou, porém, que a medida não é válida apenas para caminhões usados, mas também para máquinas e ferramentas, tratores, carretas, aeronaves comerciais e cavalos mecânicos. A taxa que incidirá sobre esse crédito é a TJLP (5,5%) mais 1% e mais o risco da empresa que tomar o crédito. Mantega declarou também que outra linha de estímulo lançada nesta quarta é para o refinanciamento de bens de capital, que vale para empresas de máquinas, equipamentos, ônibus e caminhões. "Se houver inadimplência, o interessado obtém um novo crédito para pagar o antigo. Ele vai quitar esse financiamento e tem um refinanciamento. É como se fosse um aumento do prazo de pagamento", explicou. Apesar de estar no PSI, as taxas ainda não foram estipuladas. O BNDES dará os parâmetros, de acordo com seus programas operacionais, informou o ministro.

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