quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ministro diz que Supremo deveria julgar apenas três dos 38 réus do Mensalão do PT

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, defendeu nesta quarta-feira o desmembramento do processo do Mensalão do PT. Na véspera do início do julgamento, Marco Aurélio disse que, por causa da prerrogativa de foro, a Corte só deveria apreciar se condena ou absolve os deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). "A competência do Supremo é de direito estrito, é o que está na Constituição e nada mais. Dos 38 acusados, hoje apenas três têm prerrogativa de serem julgados no Supremo. Os demais deviam estar no âmbito do juiz natural, que é o primeiro grau", disse ele. Marco Aurélio lembrou que a Corte, por "maioria acachapante" (dos 11 votos, apenas ele foi favorável), já negou pedido da defesa dos réus de retirar acusados que não possuem prerrogativa de foro. Mas o advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, que defende o ex-diretor do Banco Rural, José Roberto Salgado, tentará novamente tirar seu cliente e outros 34 réus da alça de julgamento do Supremo.

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