terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ministério Público tentará acordo para resolver falta de leitos no sul do Estado

Após uma reunião com integrantes da Justiça na tarde desta terça-feira, o Ministério Público de Pelotas decidiu propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) à Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul para resolver o problema da falta de leitos na rede pública hospitalar da região. O encontro com o governo deverá ocorrer na segunda-feira, e os itens do documento serão elaborados em conjunto. Caso a secretaria não envie representante, não está descartada uma Ação Civil Pública para solucionar o problema. Em menos de uma semana, três bebês morreram por falta de estrutura na saúde pública. Um deles não resistiu após precisar ser transportado de Pelotas para Ijuí, de avião, para receber atendimento, e dois gêmeos morreram após aguardarem vaga em UTI neonatal por falta de leito em Canguçu. Eles precisaram ser conduzidos a Bagé e não resistiram. "Temos a informação que é interesse também da Secretaria a resolução imediata e acreditamos na saída amistosa", explicou o promotor José Olavo Bueno dos Passos. Segundo a responsável pela 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, Lusiana Larossa, existe um plano de ampliação para os principais hospitais do sul do Estado: Furg (Rio Grande), São Francisco de Paula (Pelotas) e Caridade (Canguçu). A idéia é criar 50 novas vagas tanto para neonatais quanto pediátricos e até para intermediários (que atenderia bebês sem necessidade de alta complexidade) e cangurus (usados pelos recém-nascidos que precisam ganhar peso). De acordo com a coordenadora da Seção de Saúde da Criança e do Adolescente da secretaria estadual, Eleonora Walcher, outra questão também preocupa: a quantidade de leitos obstétricos da Região Sul. Ela diz que será feita uma análise para quantificar os prematuros nascidos no último ano e a lotação nesse tipo leito. O órgão acredita que a falta de vagas adequadas para as gestantes de risco pode estar gerando uma superpopulação de prematuros.

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