quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Maioria do Supremo condena mensaleiro petista João Paulo Cunha por corrupção

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, votou a favor da condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) por corrupção passiva. O voto de Gilmar Mendes, na tarde desta quarta-feira, foi o sexto da Corte favorável a culpar o petista pelo crime. Com a manifestação, formou-se maioria na Corte para condenar o mensaleiro petista João Paulo por ter recebido R$ 50 mil da agência de publicidade de Marcos Valério a fim de favorecê-lo no contrato de publicidade institucional da Câmara dos Deputados, à época presidida por João Paulo. Gilmar Mendes também votou a favor da condenação de Marcos Valério e os dois antigos sócios dele, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, por corrupção ativa. O trio é responsável por ter pago a propina ao petista. Os recursos foram sacados pela mulher de João Paulo, a jornalista Márcia Regina. "A prova dos autos revela à saciedade esse inequívoco favorecimento", afirmou o ministro, em relação a João Paulo, o único dos 37 réus da ação que é candidato nas eleições municipais deste ano. O petista é candidato a prefeitura de Osasco (SP). Segundo o ministro, João Paulo tinha o "domínio do fato", referindo-se à licitação. Gilmar Mendes não considerou crível a versão da defesa de que o dinheiro serviu para pagar pesquisas pré-eleitorais dele. O dinheiro, disse a defesa, foi um repasse de Marcos Valério a pedido do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. "Esse dinheiro não foi contabilizado nas contas de ingresso do partido", afirmou. "Ademais, apesar do esforço louvável da defesa, a prova dos autos mostra de forma inequívoca que os recursos não foram pagos pelo PT", completou.

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