segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Lucro do BNDES despenca 48% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2011

O lucro do BNDES alcançou R$ 2,7 bilhões no primeiro semestre deste ano. De acordo com anúncio feito nesta segunda-feira pela instituição, o resultado é inferior 48% ao registrado no primeiro semestre do ano passado (R$ 5,3 bilhões). O chefe do Departamento da Área Financeira do BNDES, Carlos Frederico Rangel, disse que a diminuição é consequência da crise global que afetou as operações de renda variável. “Esse é o entendimento que a gente tem aqui”, disse. Acrescentou que “a parte do resultado que a gente tem de renda variável é um reflexo dessa conjuntura global do momento. Não obstante esse momento de depressão de mercado, houve expansão da carteira de renda fixa”. O segmento de renda fixa teve uma maior contribuição no resultado apresentado pelo banco (68,2%). Já o segmento de renda variável, que envolve operações no mercado de capitais, participou com 20,3% no lucro final. As operações de renda fixa totalizaram R$ 4 bilhões no período pesquisado. O resultado das transações de crédito e repasse cresceu 14,4% em comparação aos primeiros seis meses de 2011, em razão da ampliação de 16,3% da carteira de crédito do BNDES. O segmento de renda variável somou R$ 1,2 bilhão, mostrando retração de 67,5%, ou o equivalente a R$ 2,5 bilhões, em relação ao valor apurado de janeiro a junho do ano passado (R$ 3,7 bilhões). Devido ao fraco desempenho das bolsas de valores, o resultado com a venda de participações acionárias pela subsidiária BNDES Participações caiu 51% no semestre. “Um dos componentes da renda variável é o resultado gerado no momento da alienação. Como o momento do mercado é de baixa e não é propício para essas alienações, o volume de alienação nesse semestre foi bastante reduzido se comparado com o semestre anterior”. Apesar da redução do lucro, Carlos Frederico Rangel salientou que a taxa de inadimplência do BNDES manteve-se baixa. “A inadimplência sempre foi muito baixa. E até reduziu”. O nível de inadimplência, que era 0,14%, baixou para 0,12%.

Nenhum comentário: