segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Japão reconhece carne suína de Santa Catarina como livre de febre aftosa

O Japão reconheceu nesta segunda-feira a carne suína de Santa Catarina como livre de febre aftosa. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), isso abre a perspectiva para que o Japão passe a importar carne suína brasileira. A expectativa da associação é que em 2013 o Brasil passe a fornecer cerca de 15% das importações de carne suína do Japão, o maior importador mundial deste tipo de carne. “É uma ótima notícia. Estávamos na expectativa há muito tempo e vem em um momento muito positivo. A suinocultura estava precisando de um mercado novo, grande, consistente e forte e o Japão é o maior importador de carne suína do mundo”, disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, disse que o próximo passo será negociar os termos para exportar o produto. Segundo o presidente da Abipecs, será preciso negociar o Certificado Sanitário Internacional (CSI), a ser emitido pelas autoridades brasileiras, para garantir que os requisitos de sanidade animal da carne suína atendem a todas as exigências apresentadas pelas autoridades japonesas. Nesta quarta-feira (29), os secretários do Ministério da Agricultura de Defesa Agropecuária, Enio Marques, e das Relações Internacionais, Célio Porto, estarão em Tóquio, para apresentar a primeira proposta de CSI às autoridades japonesas. “Agora, o que falta é muito pouco”, disse Camargo Neto. O Ministério da Agricultura informou que, quando esta negociação estiver concluída, as autoridades japonesas deverão aprovar uma lista de estabelecimentos de abate que atendam as exigências de saúde pública em relação à higiene e controles laboratoriais. Segundo a Abipecs, Santa Catarina é o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação. O certificado foi concedido em 2007 pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Hong Kong foi o maior importador de carne suína brasileira no acumulado deste ano, seguido por Ucrânia, Rússia, Angola, Singapura e Uruguai, segundo a Abipecs. Nos primeiros sete meses do ano, as vendas brasileiras de carne suína somaram 313 mil toneladas, crescimento de 3,32% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em receita, as vendas externas de carne suína somaram US$ 795 milhões. O Japão, de acordo com o Ministério da Agricultura, é o maior importador de carne suína do mundo, movimentando US$ 5,2 bilhões no ano passado.

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