quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Israel acusa Ban Ki-moon de sabotar esforços contra programa nuclear iraniano

A presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na Cúpula dos Países Não Alinhados em Teerã, provocou revolta em Israel, que discute um possível ataque preventivo contra as instalações nucleares da república islâmica. O vice-ministro das Relações Exteriores, Danny Ayalon, alinhado a setores mais conservadores de Israel, acusou Ban Ki-moon de "sabotar os esforços críticos contra a atividade nuclear ilegal" do Irã, ao participar da cúpula. Para o vice-chanceler israelense, Ban Ki-moon "não devia ter ido à conferência em Teerã e poderia ter enviado suas mensagens por intermédio de uma carta de Nova York". O secretário-geral da ONU afirmou que sua viagem ao Irã é uma oportunidade para enviar uma "mensagem enérgica" aos iranianos. Durante a conferência Moon condenou em termos duros as declarações de líderes iranianos contra a existência de Israel e pela negação do Holocausto. "Quem alega que outro membro das Nações Unidas não tem direito de existir e aqueles que o descrevem em termos racistas estão inteiramente errados e violam os princípios básicos que todos nós apoiamos", disse Moon. A conferência em Teerã também está sendo palco de uma tensão crescente entre a Síria e o Egito. O presidente do Egito, Mohamed Mursi, que faz uma visita histórica ao Irã depois de mais de três décadas nas quais nenhum chefe de Estado egípcio esteve no país, condenou os massacres de civis cometidos pelo governo de Bashar Al-Assad. Mursi declarou que manifestar solidariedade com o povo sírio é um "dever moral" e defendeu a intervenção na Síria para acabar com o derramamento de sangue. A delegação síria se retirou do recinto da conferência em protesto contra as declarações do presidente egípcio. A conferência em Teerã, que começou nesta quinta-feira, conta com a participação de 120 países membros do bloco dos não alinhados e também do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. http://poncheverde.blogspot.com.br

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