segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Inspeção Cremers aponta descumprimento do prefeito petista Ari Vanazzi de acordo por melhorias no Hospital Centenário em São Leopoldo

Parte das melhorias que deveriam ser realizadas no Hospital Centenário, de São Leopoldo, no Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul, não saíram do papel. A prefeitura é comandada pelo petista Ari Vanazzi, atual presidente da Famurs, que dá um exemplo aos prefeitos gaúchos de como conduzir a administração de uma cidade. Essa é a conclusão de uma auditoria realizada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremers) feita há 11 dias. As mudanças fazem parte de um compromisso firmado pela direção do hospital com o Ministério Público. O relatório da equipe de fiscalização foi finalizado no final da tarde desta segunda-feira. Os dados estão sendo analisados pela diretoria do Cremers, que deve se pronunciar sobre os itens que estariam sendo descumpridos nesta terça-feira. "Ainda não temos uma análise aprofundada, mas o que se pode adiantar é que muitos pontos do acordo não estão sendo cumpridos. Já se passou um bom tempo desde a assinatura e ainda há muito a ser feito", afirma o diretor de fiscalização do Cremers, Antônio Celso Ayub. A vistoria realizada no Hospital Centenário foi um pedido da promotora Débora Rezende Cardoso, que formulou o TAC. O documento, assinado em maio, prevê que a prefeitura e a direção do hospital são responsáveis por mudanças, como a contração de médicos, a melhoria da estrutura física e a compra de equipamentos. Negociado por mais de um ano, o documento seria a garantia de que as melhorias necessárias ao hospital seriam realizadas. O acordo prevê que, caso alguma das 36 cláusulas não sejam cumpridas, os administradores estão sujeitos a multas de R$ 500,00 por dia. O Hospital Centenário vive uma série de problemas, que se intensificaram nos últimos três anos, gerando uma situação caótica. A partir do final do ano passado, o Ministério Público e o Cremers intensificaram as fiscalizações no local. No final do último mês de março o Cremers chegou a determinar uma interdição ética no hospital, com a saída dos médicos. A interdição, no entanto, foi impedida pela Justiça.

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