domingo, 5 de agosto de 2012

GURGEL AFIRMA QUE BANCO RURAL TROCOU EMPRÉSTIMO AO PT POR APOIO DO GOVERNO PETISTA A SEUS NEGÓCIOS


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que os empréstimos feitos no Banco Rural não foram realizados para serem pagos pela agência de publicidade SMP&B ou pelo PT. Segundo ele, o banco fez a ação para obter favorecimentos do governo. Gurgel estimou que o Rural poderia obter vantagem de R$ 1 bilhão na pressão que fazia ao Banco Central em relação à liquidação do banco Mercantil. O Rural teria feito o empréstimo para ganhar o apoio do governo federal, em especial do ex-ministro José Dirceu. "O ganho do Banco Rural com o levantamento da liquidação superaria a casa do bilhão. Nota-se que foi uma contribuição exageradamente modestO", ironizou o procurador, que destacou ainda a atuação do ex-ministro para atender ao interesse do banco:. "José Dirceu está rigorosamente em todas". Ele destacou que não existiam garantias suficientes para a concessão dos empréstimos de R$ 32 milhões feitos à SMP&B com aval de integrantes da cúpula do PT, como o ex-presidente José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares. Gurgel disse que análise do Banco Central mostraria que os tomadores do empréstimo e os avalistas teriam uma classificação com a letra H numa escala que começasse pela letra A. "O banco não tinha preocupação de receber, por isso não se preocupava com as garantias, e os tomadores não tinham intenção de pagar", disse o procurador. São réus no processo por atuação no Banco Rural a ex-presidente do banco Kátia Rabello, os ex-diretores José Roberto Salgado e Ayanna Tenório, e o ex-gerente Vinícius Samarane. Katia Rabello ainda é acionista do banco e Samarane diretor. Os outros dois deixaram a instituição. Gurgel observou ainda que o caso do BMG, em que também foram realizados empréstimos que abasteceram o esquema, não está no processo por haver uma ação sobre o tema na justiça de Minas Gerais.

Nenhum comentário: