quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ex-mulher de Carlinhos Cachoeira se cala em reunião secreta da CPI


Em reunião secreta nesta quarta-feira, a empresária Andrea Aprígio, ex-mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, permaneceu calada durante as mais de duas horas em que foi questionada sobre seu patrimônio na CPI. Ela é suspeita de atuar como laranja em empresas do ex-marido. O senador Vital do Rego (PMDB-PB), presidente da comissão, disse que as investigações paralelas da Justiça concorrem com os trabalhos dos parlamentares: “Quando os depoentes estão vivendo uma dupla situação, sendo investigados na CPI e também em juízo, os depoimentos na grande maioria são depoimentos brancos. É natural". Essa foi uma fraca justificativa dele para justificar a medíocre atividade da CPI que dirige. A opção de ouvir Andrea a portas fechadas, segundo ele, fazia parte de uma estratégia de convertê-la em suspeita no esquema comandado pelo ex-marido: “De certa forma, o seu silêncio às perguntas cria uma complicação que somente o relatório poderá dizer quando for votado na CPI". Andréa Aprígio chegou à CPI munida de um habeas corpus que lhe garantia o direito de ficar calada. Ela usou pouco menos de 20 minutos para apresentar sua defesa, mas, para justificar sua recusa em responder às perguntas dos parlamentares, alegou razões familiares.Integrante da CPI, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) foi taxativo em relação à ineficácia da CPI em conseguir algum fato novo. “Apelar para o expediente de fazer uma reunião secreta para uma testemunha ficar calada é reduzir a CPI à mediocridade”, atacou: “Cabe à CPI ouvir suspeitos como o Fernando Cavendish, o Cachoeira, e não ouvir testemunhas laterais como ex-mulher". Os próximos passos, segundo o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), serão esses: os congressistas pretendem estabelecer as datas para convocação do ex-diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e do ex-diretor da Delta,  Fernando Cavendish na semana que vem. Também pretendem votar requerimento que converterá Andrea e Andressa de testemunhas no caso a suspeitas de participação no esquema. Ainda no rol dos críticos aos trabalhos da CPI, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse que proporá à CPI na semana que vem encerrar o período de depoimentos e iniciar a etapa de acareação entre as testemunhas.

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