segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Defesa do petista José Genoino diz que "conversar não é crime"

A defesa do ex-presidente do PT, José Genoino, encaminhou nesta segunda-feira um novo memorial ao Supremo Tribunal Federal em uma última tentativa de convencer os ministros da inocência do réu em relação ao Mensalão do PT. O advogado Luiz Fernando Pacheco reiterou que o único papel do cliente teria sido negociar alianças políticas, sem discussão financeira. "Conversar não é crime. Tentar acertar os ponteiros de uma aliança nacional eleitoral não é crime", diz trecho da defesa. A defesa sustenta que a única manifestação a favor da acusação é um depoimento do ex-deputado do PP, Vadão Gomes, de que Genoino teria participado de uma reunião em que se discutia a aliança entre os partidos e na qual teria sido manifestada a necessidade de apoio financeiro por parte do PT. O advogado, porém, diz que, em juízo, Gomes afirmou desconhecer se o PT destinou recursos ao PP. Diz não haver provas também de compra de votos do PTB. O memorial rebate ainda a acusação de formação de quadrilha, dizendo que o ex-presidente do PT não tem relação próxima com pessoas envolvidas nos núcleos publicitário e financeiro descritos pelo Ministério Público: "Nunca esteve associado com quem quer que fosse para a prática de crimes. Estava, isto sim, associado desde 1980 com seus companheiros na defesa de um mesmo projeto político para este País".

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