quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Crescimento da demanda de combustíveis pode fazer país importar R$ 60 bilhões em gasolina

O crescimento da demanda de combustíveis, superior a 40% para a gasolina nos últimos três anos, preocupa o governo federal, que trabalha com cenários não muito otimistas, como a importação de quase R$ 60 bilhões do combustível em dez anos. A previsão foi feita pelo secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério das Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, em uma simulação pessimista, durante evento do setor de etanol, ocorrido nesta quarta-feira na capital fluminense. No cenário apontado por Almeida, considerando que não haja ampliação da capacidade de produção de gasolina e o aumento da demanda de todos os combustíveis no País tenha uma média de crescimento de 4,5% ao ano, serão necessários cerca de 1 bilhão de litros de gasolina equivalente por mês, em 2020. Uma das alternativas, a importação de combustível, consumiria R$ 58 bilhões entre 2015 e 2020. Outra possibilidade, a de adaptação das plantas industriais que processam o derivado de petróleo nafta para a produção de gasolina, demandaria cerca de R$ 56 bilhões, entre os custos de investimento na adaptação e de importação de nafta. Outra alternativa reside na construção de mais 67 usinas de médio porte de etanol, a um custo de R$ 67 bilhões. “O que a gente tem de fazer nesse cenário? Trabalhar para que ele não aconteça. A gente tem de aumentar a produção de álcool e gasolina no País. É tomar a decisão do que fazer e como fazer”, observou Almeida, que ainda chamou a atenção para a necessidade do ministério, da Petrobras e dos produtores iniciarem os diálogos para definir os investimentos o mais breve possível.

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