segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Advogado de Marcos Valério diz que só houve caixa 2


O advogado Marcelo Leonardo repetiu em defesa de Marcos Valério no Supremo Tribunal Federal o argumento usado pela defesa de Delúbio Soares de que os recursos movimentados pelo esquema do Mensalão do PT eram para caixa dois de campanha eleitoral e não para compra de apoio parlamentar. Ele foi além e destacou que no "mensalão mineiro" a própria procuradoria retirou deputados e ex-deputados do processo por entender que o dinheiro repassado por Valério em 1998 era para campanhas, sendo, portanto, crime eleitoral, já prescrito. "A Procuradoria-Geral da República, na investigação da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), quando ofereceu o pedido de inquérito pediu arquivamento relativo a 79 deputados e ex-deputados que haviam recebido dinheiro alegando que era crime eleitoral", disse Leonardo. Ele afirmou que o esquema feito para aliados de Azeredo em 1998 foi similar ao operado por Marcos Valério junto com Delúbio para o PT e partidos governistas a partir de 2003. Leonardo destacou que um dos repasses admitidos por Marcos Valério foi para o diretório do PT do Rio Grande do Sul e, inclusive, motivou abertura de processo na Justiça Eleitoral gaúcha. "O fato provado é o caixa dois de campanha eleitoral. Marcos Valério sempre disse em suas inúmeras declarações que Delúbio lhe afirmou que o PT tinha dívidas de campanha próprias e de outros partidos", disse o advogado. Leonardo ressaltou ainda que não poderia haver condenação de Marcos Valério por corrupção ativa porque os recursos foram para partidos e não para servidores públicos, não podendo haver agente passivo de corrupção.

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