terça-feira, 31 de julho de 2012

Viúva de Yasser Arafat pede que França investigue morte do marido

A viúva do líder palestino Yasser Arafat pediu nesta terça-feira a uma corte francesa que abra uma investigação sobre a morte dele. Um relatório sugeriu que Arafat morreu envenenado por uma substância radioativa. "Meu marido morreu de um modo estranho. Há sinais que levam a acreditar que ele foi envenenado", disse Suha Arafat. Depois de um colapso repentino, Arafat foi levado em outubro de 2004 da sede do governo palestino em Ramallah, na Cisjordânia, para a França. Ele estava confinado por Israel havia mais de dois anos e meio no destroçado QG do governo em Ramallah. Um mês depois Arafat morreu. Os médicos que o estavam tratando disseram não ter como estabelecer uma causa precisa da morte, por isso rapidamente circularam alegações de que tivesse sido assassinado. A ação judicial apresentada em um subúrbio de Paris por Suha e a filha dela com Arafat, Zahwa, de 17 anos, acusa uma pessoa ou um grupo desconhecido de pessoas de assassinato premeditado. "É surpreendente que um país soberano como a França não saiba a causa da morte de um chefe de Estado, tratado em um de seus hospitais", disse Suha. Ela entrou com a ação depois da descoberta por parte de um instituto suíço de um nível alto de polonium-210 em roupas de Arafat, a mesma substância usada para matar o ex-agente russo Alexander Litvinenko em Londres, em 2006. Suha disse que começou a ter suspeitas depois que entrou em contato com o hospital para buscar amostras de sangue e urina tiradas do marido e foi informada de que elas haviam sido destruídas quatro anos antes. "Isso me espanta. Por que eles destruíram uma parte de um prontuário médico?", disse ela: "Arafat era um chefe de Estado, não era apenas um antigo paciente".

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