quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sindicato ameaça greve na GM de São José dos Campos

Os 7.500 metalúrgicos da unidade da General Motors (GM) em São José dos Campos (SP) podem entrar em greve a partir de segunda-feira, afirmou o presidente do sindicato local, Antonio Ferreira de Barros. O anúncio de greve, protocolado nesta quinta-feira na companhia, ocorre após o impasse entre a GM e o Sindicato dos Metalúrgicos causado pela decisão da empresa de reduzir para apenas um turno a linha de produção dos modelos Zafira, Meriva, Corsa e Classic. Essa linha emprega 1.500 funcionários e pode ser fechada. A GM suspendeu nesta quinta-feira a produção da Zafira, modelo que será aposentado, juntamente com os outros três. Em contrapartida, a montadora iniciou a produção da Spin, substituta tanto da Zafira quanto da Meriva, na unidade de São Caetano do Sul (SP). A companhia alega que não houve acordo no passado para que a produção do novo modelo e de outros ocorresse em São José dos Campos, o que é negado pelo sindicalista. Um plano de demissão voluntária já cortou 356 metalúrgicos na linha de produção. Os metalúrgicos pararam as linhas de montagem por duas horas na GM pela manhã e seguem em estado de greve até segunda-feira. Durante a paralisação desta quinta-feira, deixaram de ser produzidos 146 carros e 300 motores. "Se não houver solução, tudo está encaminhado para a greve", afirmou o sindicalista. "Só no ano passado a unidade de São José dos Campos faturou 8,5 bilhões de reais, ou 35% de toda a receita da GM no país", disse Barros. "Além disso, a empresa é uma das maiores importadoras de veículos, embora pudesse fabricá-los aqui", protestou.

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