segunda-feira, 9 de julho de 2012

Revolução de 32 foi guerra da elite de São Paulo contra trabalhadores, diz Brizolinha

O ministro do Trabalho, Brizola Neto, afirmou nesta segunda-feira que a Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma guerra da elite de São Paulo para tentar impedir a ampliação dos direitos dos trabalhadores. Ele fez as críticas em visita à capital paulista justo no dia em que o movimento completa 80 anos. Só para relembrar: a Revolução de 32 foi chamada de "Revolução Constitucionalista". Se não tivesse acontecido, Getulio Vargas teria ficado no poder como ditador, o que ele afinal conseguiu em 1937, com a instauração do chamado "Estado Novo". Mas, seria demasiado exigir uma tamanha compreensão do Brizola Neto. Disse ele: "O dia 9 de julho, que foi comemorado pelos grandes jornais paulistas como se fosse uma grande vitória da democracia, nada mais foi do que uma grande tentativa de retrocesso do processo de ampliação dos direitos e garantias dos trabalhadores iniciado pelo presidente Getúlio Vargas. 32 na verdade não era um movimento paulista. Era um movimento da elite paulista que não compreendia e não aceitava o avanço nos direitos dos trabalhadores. Tanto é que os trabalhadores paulistas elegeram Vargas presidente da República em 1950 e senador por São Paulo em 1946". Obviamente, Brizola Neto fala estultices que já ficaram no lixo da história. Brizola Neto discursou na 11ª abertura do congresso nacional da CUT, uma central peleguissima, teleguiada do PT, e agora declaradamente uma milícia fascistóide em defesa dos petistas envolvidos no processo do Mensalão do PT. Em uma coisa Marx tinha toda razão: a história primeiro acontece como tragédia, depois como farsa. A data de 9 de Julho é a data paulista por excelência, tanto que é feriado no Estado, assim como o 22 de setembro para os gaúchos. Brizolinha, além de tudo, foi um tremendo mal-educado, ao ir a São Paulo para dizer uma boçalidade desse tamanho justo nessa data. Ele parece ainda não ter atentado para o papel que deve representar como ministro do Trabalho do País.

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