terça-feira, 31 de julho de 2012

Participação de Toffoli em julgamento do Mensalão do PT divide deputados

A decisão do ministro José Antônio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de participar do julgamento do Mensalão do PT, divide opiniões entre os parlamentares. De um lado, a oposição critica o ministro e defende que ele se declare impedido de ser um dos 11 juízes do processo. De outro, o PT, que não vê problema algum em Toffoli tomar parte do julgamento, apesar de ele ter sido advogado do partido e subordinado ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, apontado pelo Ministério Público como "chefe da quadrilha" do Mensalão do PT. "Toffoli teria de se declarar impedido de atuar em algo do qual participou. Isso vai macular sua biografia", afirmou nesta terça o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP). "Os vínculos dele com o PT são históricos e continuados", observou o líder do PSOL na Câmara, deputado federal Chico Alencar (RJ). "No meu entendimento, ele deveria ter tido um gesto de grandeza e se declarar impedido. Mas essa é uma decisão exclusiva dele", disse o ex-petista. "É uma questão de foro íntimo do ministro Toffoli e do Supremo", ponderou o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra. Na avaliação da oposição, o voto de Toffoli no julgamento dos 38 réus do mensalão irá servir de parâmetro para balizar sua imparcialidade. "O voto de Toffoli deverá ser muito observado e acompanhado com cuidado pela população", argumentou o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN).

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