terça-feira, 17 de julho de 2012

Kadima deixa coalizão de Netanyahu

A coalizão partidária comandada pelo premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, que domina a maioria dos assentos do Parlamento, se rompeu nesta terça-feira, com a saída do partido centrista Kadima, menos de três meses após o partido surpreender o país ao oferecer seu apoio ao governo direitista de Bibi. Provocada por uma disputa sobre uma lei que regulamenta a convocação de jovens religiosos ao serviço militar, a fratura não derrubará o primeiro-ministro, mas poderá, provavelmente, antecipar as eleições previstas para outubro de 2013. "Não foi fácil entrar no governo. Paguei publicamente um preço por isso. Mas não há como escapar da necessidade de romper", disse o vice-premiê e líder do Kadima, Shaul Mofaz, que buscava aprovar uma legislação que obrigaria todos os judeus ultraortodoxos de 18 anos a alistar-se no Exército, como qualquer outro cidadão israelense de origem judaica nascido no país. Atualmente os radicais não são obrigados a prestar serviço militar em Israel.O premiê, porém, propôs uma versão mais amena da lei, segundo a qual os religiosos teriam dos 18 aos 23 anos para ingressar nas Forças Armadas. De acordo com a proposta, os radicais judeus que não se alistarem nessa faixa etária não poderiam entrar no Exército, mas estariam aptos a integrar serviços civis como os bombeiros, a Estrela de Davi Vermelha, a polícia israelense ou a administração penitenciária.

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