quarta-feira, 18 de julho de 2012

Justiça do Rio de Janeiro reconhece goleiro Bruno como pai do filho de Eliza Samudio


A Justiça do Rio de Janeiro publicou sentença reconhecendo o goleiro Bruno como pai do filho de Eliza Samúdio. A decisão, divulgada no Diário da Justiça Eletrônico do Rio de Janeiro no dia 12 de julho, declara o menino Bruno Samúdio, 2 anos, filho do goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza. De acordo com o advogado José Arteiro Cavalcante Lima, representante da mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, e assistente de acusação do Ministério Público, o nome do goleiro deverá constar na certidão de nascimento da criança. "Agora o nome do menino tem que ter o sobrenome do Bruno, Souza, e o nome dele, Bruno, na certidão de nascimento", disse ele. Em uma carta enviada a um programa de televisão no dia 12 de julho, Bruno afirmou estar comprometido com a criação do filho que Eliza dizia ser dele. "O Bruninho tem, sim, um pai, sempre teve, e vou honrar esse compromisso perante a sociedade," escreveu o atleta. Apesar de decidir assumir a paternidade, Bruno nunca permitiu a realização de um exame de DNA para comprová-la. A guarda da criança está sob a responsabilidade da mãe de Eliza, que desapareceu no dia 4 de junho de 2010 quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano anterior, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno. No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, então com 4 meses, estava lá. A então mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregue o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio de Janeiro para Minas Gerais, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. 

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