quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ex-ditador argentino é condenado a 50 anos por rapto de bebês

A justiça argentina condenou nesta quinta-feira o ex-ditador Jorge Rafael Videla a 50 anos de prisão pelo rapto de bebês como parte de um plano sistemático de extermínio de esquerdistas executado durante o último governo militar na Argentina (1976-1983). Considerado um processo emblemático, o julgamento começou por uma denúncia das Avós de Praça de Maio por "subtração, retenção, ocultação e substituição de identidade de menores de dez anos" e abrange cerca de 30 casos. A uruguaia Sara Mendez foi uma das sequestradas pela regime militar e que teve seu filho roubado pelos repressores militares. Ele viajou a Buenos Aires para estar presente no julgamento. Sara Méndez, que pertencia ao grupo esquerdista Partido pela Vitória do Povo (PVP, os tupamaros) do Uruguai, foi detida em Buenos Aires em 13 de julho de 1976, quando um comando invadiu sua casa no bairro Belgrano e raptou seu filho, Simón Riquelo, quando estava com apenas 20 dias de vida. Posteriormente, Sara foi transferida ilegalmente para Montevidéu e processada pela Justiça militar, tendo ficado presa por quatro anos e meio. Ao recuperar a liberdade, iniciou a busca pelo filho, que finalmente foi encontrado em 2002. Ele tinha sido adotado por um ex-policial argentino.

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