quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dilma conversa com Boeing para novo avião presidencial

A presidente Dilma Rousseff iniciou conversações com a Boeing para adquirir um novo avião presidencial, sinalizando uma entrada maior para a fabricante norte-americana em um dos maiores mercados emergentes do mundo. Dilma quer um avião maior mais consistente com o crescente poderio político e econômico do Brasil e está avaliando a compra de um Boeing 747 similar ao Air Force One, aeronave usada pelo presidente dos Estados Unidos. Atualmente, Dilma usa um Airbus A319, que foi comprado pelo ex-presidente Lula em 2004. No entanto, a aeronave é incapaz de realizar longos percursos e teve de realizar duas paradas para abastecimento durante a viagem da presidente à Índia, em março, disseram as fontes. "Presidentes brasileiros irão viajar à Índia e à China uma vez por ano todos os anos a partir de agora, e não devemos ter que fazer paradas como esta", disse uma fonte. Outra fonte disse que a opção pela Boeing era a única sendo seriamente analisada por Dilma. Se a compra for realizada, será uma vitória simbólica nos esforços da Boeing de ganhar mercado na maior economia da América Latina e a sexta do mundo. A questão ganhou urgência já que os tradicionais mercados da companhia nos Estados Unidos e na Europa apresentam baixas previsões de crescimento. A Boeing anunciou um acordo neste mês para fornecer um novo sistema de armas para o avião de combate leve Super Tucano, fabricado pela Embraer, que está tentando expandir suas operações na área da defesa. As companhias também anunciaram em junho que iriam colaborar no desenvolvimento e marketing do jato militar e de reabastecimento KC-390, também da Embraer. É possível que um relacionamento mais próximo com o governo brasileiro e a maior fabricante de aeronaves do país possa dar à Boeing uma vantagem em outro negócio muito maior, de ao menos 5 bilhões de dólares: a nova geração de caças da Força Aérea Brasileira. A francesa Dassault e a sueca Saab são as outras duas concorrentes para o negócio. O Boeing 747 tem quatro turbinas ante duas na maioria dos modelos mais novos. Pode, portanto, oferecer maior segurança em caso de um problema em motor em pleno vôo. Em junho, o Airbus presidencial sofreu um problema relacionado à pressurização da cabine durante viagem entre Rio de Janeiro e Brasília. Apesar de não ter deixado feridos, o avião teve de retornar ao Rio e Dilma foi forçada a voar a bordo de uma aeronave reserva menor, desembarcando em casa depois da meia-noite. Dilma "morre de medo" de turbulência e instruiu seus pilotos algumas vezes a alterar o plano de vôo para desviar de tempestades ou outros problemas.

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