terça-feira, 10 de julho de 2012

Deputados vão ao Supremo contra liberação de depoentes com habeas

Um procedimento padrão da CPI mista do Cachoeira vai ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal. Os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR) entraram com um mandado de segurança no Supremo pedindo que não sejam liberados os depoentes que tiverem obtido na Justiça, por meio de habeas-corpus, o direito de permanecer em silêncio durante os depoimentos. O rito foi colocado em votação na semana passada e a comissão decidiu manter, por 25 votos a oito, a liberação das testemunhas com habeas-corpus. Lorenzoni chegou a contestar o resultado alegando que a prática vai contra o direito parlamentar de fazer perguntas, e que, segundo o Código Penal, uma testemunha não pode se omitir quando convocada a depor. Porém, o deputado não conseguiu reverter o resultado na comissão e, por isso, agora, a palavra final sobre o assunto será dada pelo Judiciário. Diversas testemunhas entraram com habeas-corpus no Supremo e obtiveram garantia de não serem presos ao exercer o direito de permanecer em silêncio para não se autoincriminar. Diante disso, muitos integrantes da comissão vinham defendendo que as perguntas fossem feitas mesmo assim e que os convocados dissessem a cada pergunta se iriam responder ou não.

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