sexta-feira, 6 de julho de 2012

Demóstenes volta a discursar em plenário vazio e afirma viver apenas com seu salário

O ainda senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) disse nesta sexta-feira que vive de salário e não tem "quase patrimônio nenhum", o que comprovaria que não fez negócios com o empresário Carlos Cachoeira. Ao afirmar que seus bens são "limpos", o senador disse: "Vivo de salário. Não tenho chácara, fazenda, gado, ações de empresas, não tenho quase patrimônio nenhum. Meus bens são os que estão na minha declaração do Imposto de Renda. Fui advogado, sou promotor, procurador de Justiça por quase três décadas. São funções com bons salários, e ainda assim meu patrimônio é pequeno". Demóstenes fez dois discursos na sessão da manhã, um deles presenciado por apenas um senador, e o segundo com três parlamentares no local. O senador disse que pagou em 25 cheques, descontados mensalmente, parte da faculdade da qual é sócio em Goiás. Também relatou que financiou em 30 anos no Banco do Brasil seu atual apartamento, comprado depois de se separar da primeira mulher: "Após o meu divórcio, fiquei sem bem algum, até sem lugar para morar". Demóstenes disse que seus maiores bens são discos e livros, mas doou os livros para bibliotecas e escolas de Goiás: "A depressão que me invadiu me impede de ler e ouvir música, os dois maiores prazeres que desfruto". Ao pedir que os senadores esperem o Supremo Tribunal Federal decidir sobre a legalidade das escutas telefônicas da Operação Monte Carlo antes de votar sua cassação, o senador reiterou que houve fraude e edições nos áudios. Com laudo de perito contratado por sua defesa em mãos, mostrou trechos de gravações da Polícia Federal que teriam sido editados ou tiveram parte supostamente suprimidas pelos policiais.

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