segunda-feira, 4 de junho de 2012

Senadores pressionam por voto aberto em cassação de mandatos

Para pressionar o Senado a colocar em votação a PEC (proposta de emenda constitucional) que acaba com o voto secreto para cassações de mandatos, um grupo de senadores vai se revezar fazendo discursos diários na tribuna da Casa sobre o tema. O grupo quer aprovar a mudança antes do processo contra o senador Demóstenes Torres chegar para análise do plenário do Senado, onde a votação é secreta. A PEC está pronta para ser votada no plenário há um ano. Cabe ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), elaborar a pauta de votações. Para o grupo de senadores, falta "vontade política" ao peemedebista para discutir o assunto. "É uma forma de pressão ao presidente do Senado. Também vamos discutir estratégias como não votar algumas matérias, como medidas provisórias, até a inclusão da PEC na pauta. A proposta já percorreu todos os ritos, está pronta para ser votada", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Para o senador Pedro Taques (PDT-MT), o voto fechado esconde o "medo e a pressão" a que são submetidos senadores para salvar colegas. "Senador que não aguenta pressão, é melhor ficar em casa e não ser senador. A questão não é salvar ou não o senador Demóstenes, mas fugir da sua responsabilidade. Quem quiser absolver, que absolva", afirmou. Além de Dias e Taques, os senadores Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Ana Amélia Lemos (PP-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Paulo Paim (PT-RS) e Cyro Miranda (PSDB-GO) integram o grupo favorável ao fim do voto secreto no parlamento.

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