segunda-feira, 11 de junho de 2012

Prefeito petista contesta intervenção da executiva nacional do partido no Recife

O prefeito do Recife, o petista João da Costa, entrou na tarde desta segunda com recurso ao Diretório Nacional do PT, pedindo revisão da decisão da executiva nacional do partido que impôs o nome do senador Humberto Costa como candidato à prefeitura da capital. Ele quer ter seu nome homologado como candidato à reeleição. O recurso foi enviado por e-mail, encaminhado por Sedex e seria protocolado por um representante seu na sede do partido, em São Paulo, para evitar problema de recebimento. De acordo com o ex-presidente estadual do PT, Jorge Perez, o recurso se baseia em dois principais argumentos: João da Costa seguiu todos os procedimentos regimentais para a definição do candidato petista à prefeitura, não havendo, portanto, motivo para a intervenção; e foi comunicado da decisão do partido sem direito a defesa. "Ele estava presente à reunião da executiva, em São Paulo, que decidiu impor o nome de Humberto, sem direito a se defender ou argumentar", observou Perez. "O prefeito participou e ganhou da primeira prévia (anulada pela executiva nacional por divergências das listas de filiados) e uma segunda prévia foi determinada pela direção nacional", relembrou ele: "Como o outro pré-candidato, Mauricio Rands, desistiu, o prefeito deveria ter sido homologado, como determina o estatuto". Para Perez, neste caso, a direção nacional passou por cima de sua própria decisão. No âmbito político, o grupo de João da Costa destaca que a executiva nacional impôs o nome de Humberto Costa argumentando que, ao contrário do prefeito, o senador teria condições de unir o partido e as legendas aliadas da Frente Popular. "Não é isso o que vemos", complementou Perez, ao citar o PSB, do governador Eduardo Campos. O governador exonerou, semana passada, quatro secretários estaduais de sua confiança como alternativas para o lançamento de candidato próprio caso o PT não consiga a união interna. Humberto Costa é da tendência majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) e tem o apoio do ex-presidente Lula.

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