domingo, 17 de junho de 2012

Paraguai demite ministro após confronto entre polícia e sem-terra

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, demitiu na sexta-feira o ministro do Interior do país, Carlos Filizzola, e o chefe da Polícia, Paulino Rojas, após os confrontos com integrantes do MST paraguaio, que deixaram 16 mortos em uma fazenda na cidade de Curuguaty, a 250 quilômetros da capital Assunção. As saídas do governo acontecem após uma reunião de emergência que foi convocada pelo presidente horas após o conflito na manhã de sexta-feria. Sete policiais e nove sem-terra morreram, enquanto outras 80 pessoas ficaram feridas. Em um breve comunicado, Lugo manifestou "seu apoio absoluto" às forças de ordem e apresentou suas condolências aos parentes das vítimas. De acordo com Walter Gómez, chefe da polícia de Canindeyu, cidade próxima a Curuguaty, os membros do MST estavam armados, alguns com fuzis M-16, de fabricação americana e de uso exclusivo de forças de segurança do Estado paraguaio. Segundo ele, entre as centenas de ocupantes ameaçados de expulsão, havia pessoas "que sabiam manusear armas". "Eles atiraram diretamente para nos matar. Estamos em uma situação crítica", acrescentou. Os terroristas do MST ocuparam uma reserva natural pertencente ao empresário paraguaio Blas Riquelme. "A polícia se apresentou para a expulsão e os ocupantes atiraram diretamente para matar, e eles mataram", acrescentou o policial. A região, próxima às fronteiras do Brasil e da Argentina, é ocupada majoritariamente por brasileiros naturalizados, chamados de "brasiguaios", que são o principal motivo de reclamação dos terroristas do MST paraguaio. O Brasil que se cuide, as guerrilhas estão já na nossa fronteira.

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