sexta-feira, 29 de junho de 2012

Palácio do Planalto apresenta rachaduras em espelhos d'água apenas dois anos após reforma

Reformado completamente há pouco menos de dois anos, o Palácio do Planalto teve nesta sexta-feira mais um problema: o chão e a parede lateral de um dos espelhos d'água cedeu, levantou e apresenta enormes rachaduras. Esse é pelo menos o quarto problema grave no Palácio desde a reforma, que custou R$ 111 milhões, R$ 33 milhões a mais do que a previsão inicial. O problema no espelho foi detectado no início da tarde e o Exército (responsável pela contratação da reforma) fez uma primeira análise. O primeiro diagnóstico é de uma dilatação do concreto causada pelo peso da terra que foi colocada ao lado do espelho em um canteiro de grama. Por enquanto, a manta asfáltica que fica embaixo do concreto não foi afetada e está segurando a água. A construtora responsável pela reforma, Porto Belo, já foi chamada para resolver o problema, já que a obra tem um seguro. Em pouco mais de dois anos (a reforma ficou pronta em agosto de 2010) não foram poucos os problemas. Logo no início, algumas paredes do espelho d'água caíram por defeitos de construção. Toda a parte hidráulica de um dos banheiros teve que ser trocada. A grama do jardim precisou ser toda mudada porque estava morrendo, já que a terra usada, uma mistura com entulhos da própria obra, não deixava a plantas respirarem. Também foram refeitas partes do calçamento de pedras portuguesas do entorno do Palácio. Mesmo hoje, na calçada externa, as pedras se soltam facilmente, formando enormes buracos. A reforma do Palácio começou em abril de 2009 e deveria ter durado um ano, para que fosse reinaugurado em 21 de abril de 2010, o aniversário de 50 anos de Brasília, mas terminou sendo concluída apenas no final de agosto daquele ano. Foi a primeira reforma no Planalto desde a sua inauguração, em 1960. Foram trocadas as estruturas elétricas, hidráulicas e de ar condicionado. Banheiros foram reformados e os a maioria dos chamados "puxadinhos" retirados. No quarto andar, toda a parte da frente do Palácio foi liberada, voltando a ter o vão livre planejado por Oscar Niemeyer.

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