quinta-feira, 21 de junho de 2012

Na Rio+20, o índio cocaleiro Evo Morales critica privatização de bens naturais por países ricos

"A economia verde é o novo colonialismo para submeter os povos e governos antiimperialistas e anticapitalistas", defendeu o ditador boliviano, o índio cocaleiro Evo Morales, na manhã desta quinta-feira na Rio+20. Morales também criticou a privatização de bens naturais por países ricos. Com um discurso longo -- ele falou por 14 minutos, embora o limite fosse de cinco -- e de tom bastante político, o boliviano criticou a forma como estão sendo discutidas no encontro as soluções para preservar o ambiente. O conceito e a aplicação da chamada "economia verde", tema central da conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, tem sido questionados por países em desenvolvimento, que temem ter seu crescimento limitado pela redefinição em padrões de produção e consumo. Segundo Morales, a economia verde nada mais é do que uma "estratégia imperial que qualifica e quantifica cada rio, cada montanha, cada lago em dinheiro": "O ambientalismo capitalista é uma forma para subjugar os países do Sul, que carregam sob seus ombros a responsabilidade de proteger o que foi destruído por países capitalistas".

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