segunda-feira, 4 de junho de 2012

Justiça concede liberdade a aliado de Carlinhos Cachoeira

Em decisão unânime proferida nesta segunda-feira, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília) concedeu habeas corpus ao sargento da reserva da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá. Ele é apontado como um dos arapongas que estariam a serviço do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O tribunal determinou, no entanto, que Dadá terá de obedecer as seguintes condições para ele continuar em liberdade: comparecer a todos os atos do processo, não manter contato com as pessoas envolvidas e não poderá se ausentar da cidade onde reside, no caso Brasília, sem autorização judicial. Caso alguma delas seja descumprida, ele deverá voltar à prisão. Como Dadá também é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal, na Operação Saint-Mitchel (sobre a ramificação do suposto esquema de Cachoeira em Brasília), o tribunal determinou que ele só poderia deixar a prisão caso não houvesse outra ordem de prisão contra ele, relacionada a esta outra investigação. Dadá foi preso em meio à Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro deste ano. Por ser ex-militar, Dadá está preso no 6º Comar (Comando Aéreo Regional), localizado no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Terceiro sargento da Aeronáutica, Dadá já trabalhou na Abin (Agência Brasileira de Inteligência), sucessora do antigo SNI (Serviço Nacional de Informações). O nome do ex-agente da Abin ganhou projeção nacional em 2008, por causa da Operação Satiagraha, que investigou negócios do banqueiro Daniel Dantas. Na época, Dadá foi apontado como uma das pessoas que teria participado de forma irregular na operação, levantando informações para o delegado e hoje deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). Em depoimento à CPI dos Grampos, Dadá disse não ter participado das investigações da Satiagraha.

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