terça-feira, 12 de junho de 2012

Governador Perillo explica venda de sua casa e dá impressão firme de que houve acordão PSDB-PT para livrar sua cara, CPI do Cachoeira já era

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), apresentou nesta terça-feira à CPI do Cachoeira cópias de extratos bancários que mostram que o R$ 1,4 milhão que ele afirma ter recebido em decorrência da venda de uma casa entrou em sua conta em maio de 2011. No entanto, o registro da transação do imóvel em cartório ocorreu apenas dois meses depois, em 13 de julho daquele ano. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse nesta terça-feira que há "um jogo combinado" na CPI do Cachoeira, que investiga os negócios de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Randolfe disse que as perguntas ao governador foram "leves demais": "Eu acho que a CPI poderia ter exigido muito mais, o próprio relator poderia ter sido muito mais exigente e os parlamentares, principalmente do PT e do PMDB poderiam ter exigido mais. Claramente há alguma coisa estranha". Randolfe disse não saber detalhes do "jogo de cartas marcadas", mas que terá certeza "a partir de amanhã", quando deverá ser ouvido o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT-DF). O senador sugere ter havido um acordo entre parlamentares da base aliada ao governo e do PSDB: os primeiros foram leves com Perillo, enquanto os tucanos não forçarão a mão nesta quarta-feira, no depoimento do petista Agnelo Queiroz. "É um jogo combinado, e é inaceitável nós ficarmos nesse jogo como meros espectadores", disse Randolfe. A efetividade desse acordão decreta o fim da CPI do Cachoeira, e a não investigação dos negócios da empreiteira Delta, a grande empreiteira do PAC de Lula e Dilma.

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