quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fila de navios no porto de Paranaguá é a maior dos últimos dois anos

A fila de navios que aguardam para atracar no porto de Paranaguá, um dos maiores entrepostos de exportação de grãos do País, alcançou 103 navios nesta quinta-feira e já é a maior dos últimos dois anos. As fortes chuvas em junho afetaram a logística do porto, que tem a movimentação suspensa quando há precipitações, assim como a operação-padrão de auditores da Receita Federal e a greve de estivadores no porto de Santos. O número representa mais que o dobro da média para o mês, de 30 a 40 navios. Há embarcações que aguardam há mais de um mês para atracar (a que está há mais tempo chegou no dia 17 de maio). O principal motivo para a fila é a chuva constante, que impede o embarque e desembarque de mercadorias. Nos últimos 20 dias, choveu em 17 deles em Paranaguá, segundo o Simepar (Instituto Tecnológico do Paraná). Quando chove, toda a movimentação do porto fica suspensa, já que os porões dos navios ficam descobertos no embarque e desembarque e a chuva poderia estragar as mercadorias. Por esse motivo, desde quarta-feira nenhuma mercadoria foi movimentada no porto. Outro fator que contribui para a fila recorde é o movimento atípico de fertilizantes. O porto de Paranaguá é o principal porto importador do produto no País. Dos 103 navios que aguardam atracação, 52 são de fertilizantes. Segundo a Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), os importadores estão concentrando as vendas neste mês devido à alta do dólar. O movimento preocupa a administração do porto, que já se reuniu com operadores para tentar otimizar o desembarque do produto durante os períodos de seca. Há dúvidas também quanto à armazenagem do produto: 80% dos armazéns para fertilizantes em Paranaguá estão ocupados, e ainda há 1,4 milhão de toneladas para serem desembarcadas.

Nenhum comentário: