quinta-feira, 21 de junho de 2012

Epa! Já instituíram o “Governo do Mundo Mundial”, e ninguém me avisou? Quero votar, ué!!!

Do site do jornalista Reinaldo Azevedo - Ban Ki-Moon, secretário-geral da ONU, resolveu mandar brasa num John Lennon em prosa frouxa: “Imagine there’s no countries…”. A gente só teria de esquecer o comecinho da música, né? “Imagine all the people/ Living for today”… Afinal, sabem como é?, a gente precisa deixar um planeta preservado para o benefício do… planeta! Precisamos voltar a plantar batatas com nossas próprias mãos… Imagine all the people/living for tomorrow! Segundo o secretário-geral da ONU, “fronteiras são coisa do passado”. Se são, então comecem por abolir o passaporte, ué… “Ah, Reinaldo, é linguagem figurada.” Não é, não! O Brasil debate o seu Código Florestal, que, aprendi, é de interesse mundial. O Greenpeace tem mais voz ativa sobre as margens dos riachos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde famílias produzem comida há 150 anos, do que os brasileiros que lá habitam. Tudo porque não “há mais fronteiras”. Mas os catarinenses não têm como influir nas leis americanas ou alemãs… “Que é, Reinaldo? Virou agora anti-imperialista do PC do B?” Não! Sou, desde sempre, um anticolonialista do direito ao desenvolvimento. Se existe um governo mundial, quero saber qual é o fórum de decisão e qual é a agenda. E também quero votar. Leiam texto de Marco Túlio Pires na VEJA Online - “Fronteiras são coisa do passado”, diz secretário-geral da ONU - O secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-Moon, disse nesta quarta-feira durante a Rio+20 que os chefes de estado precisam agir como cidadãos globais para enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável. Ki-Moon falou às centenas de jornalistas que cobrem a conferência logo após ter dado início à reunião de cúpula de chefes de estado da Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20. Mais de 130 delegações estão reunidas no Rio de Janeiro até o dia 22 de junho para discutir e aprovar as medidas acordadas no documento redigido por diplomatas e finalizado nesta terça-feira após longa negociação. Ki-Moon disse que apesar de os chefes de estado representarem seus países, a noção de fronteira é coisa do passado. “Todos estão interconectados”, disse. “Se resolvermos a questão das mudanças climáticas, por exemplo, isso afetará a vida de todos”, argumentou. “O mesmo vale para a segurança alimentar, acesso a água, energia e erradicação da pobreza.” O secretário-geral afirmou que ele próprio esperava um documento final da Rio+20 mais ambicioso. Segundo Ki-Moon, muitas das propostas eram ambiciosas e corajosas, porém alguns países defendem interesses próprios. “O documento que sairá da Rio +20 representa um processo de negociações muito delicado”, disse. “Como secretário-geral da ONU estou satisfeito com o andar das negociações, mas a natureza não espera. Acredito que todas as nações concordam com isso.” Ki-Moon fez um apelo aos chefes de estado para implementar as recomendações sem atraso. “Infelizmente não nos demos conta, desde 1992, que o tempo estava se esgotando e nossos recursos são finitos, há apenas um planeta Terra”, disse. “As pessoas seguiram consumindo em prol da prosperidade e isso gerou vários problemas. Muitos concordam que o planeta chegou em um ponto sem volta. Precisamos agir. Por isso a Rio +20 é tão importante.” A presidente Dilma Rousseff fez, pouco depois das 10h, um breve pronunciamento na abertura da Primeira Reunião Plenária da Conferência Rio+20. Dilma agradeceu a escolha para ser presidente da conferência e disse ter certeza de que a Rio+20 atingirá seus objetivos. “Nessas breves palavras quero agradecer o mandato que acabaram de me conferir”, disse. “A expressiva liderança mundial que hoje acorre ao Rio indica o compromisso dos estados com a complexa e urgente agenda do desenvolvimento sustentável”. A presidente afirmou que expressará a posição brasileira sobre os temas debatidos na Rio+20 na sessão plenária mancada para às 16h desta quarta-feira e repassou ao ministro Antonio Patriota o comando da reunião dos chefes de Estado da conferência. A expectativa é de que, no discurso da tarde, a presidente faça uma cobrança de ação “imediata” contra a pobreza e pelo estabelecimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), nos moldes do que foi feito com as Metas do Milênio, em 2000. No documento da Rio+20 aprovado na terça-feira, com liderança brasileira nas negociações, o compromisso com a redução da pobreza aparece logo no segundo parágrafo, e com destaque ao longo do texto. Já os ODS são esperados para definição em 2015. Conheça o teor do documento da Rio+20.

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