segunda-feira, 11 de junho de 2012

Comissão de Ética pede novamente mais informações ao petista Fernando Pimentel

A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira pedir, pela terceira vez, mais informações ao ministro petista Fernando Pimentel sobre consultorias realizadas por ele entre os anos de 2009 e 2010. De acordo com o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, os conselheiros querem detalhes sobre o encerramento dos contratos. Além deste caso, a comissão também resolveu abrir procedimento para investigar a viagem do ministro em avião fretado pelo empresário João Dória Jr, presidente do Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Em outubro de 2011, Pimentel estava na Bulgária, em comitiva presidencial, antes de embarcar para Roma, onde palestrou em evento do grupo. Apesar do voto do relator Fábio Coutinho, acompanhado pela conselheira Marília Murici, favorável a uma pena de "advertência" a Pimentel, os demais integrantes da comissão votaram pela instalação de um processo de "diligência", em que o ministro deverá fornecer novos documentos solicitados pelos conselheiros. De acordo com Pertence, o procedimento servirá para "esclarecer pontos que pareceram duvidosos". "Ele apresentou as explicações e nos parece que há pontos que merecem ser melhor esclarecidos. Nós queremos saber exatamente, documentadamente, o encerramento das relações contratuais de consultoria. A Comissão, como qualquer tribunal, enquanto não se sente esclarecida, o dever é converter em diligência para apurar melhor", explicou Pertence após a reunião. Esta é a terceira vez que a Comissão de Ética da Presidência oferece mais prazo para que o ministro dê explicações. O procedimento para investigar consultorias realizadas pelo ministro Fernando Pimentel foi aberto em fevereiro, a partir de pedido do PSDB, protocolado em dezembro, para abertura de processo administrativo para a apuração da conduta do ministro. A atividade levantou suspeitas de tráfico de influência, o que o ministro, amigo de longa data da presidente Dilma Rousseff, nega.

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