sábado, 19 de maio de 2012

Vale negocia permissão para atracar navios em vizinhos da China

Barrada na China, a Vale negocia com outros países asiáticos a permissão para atracar em portos da região com seus meganavios cargueiros, capazes de transportar até 400 mil toneladas de minério de ferro. Segundo José Carlos Martins, diretor-executivo de Minério de Ferro e Estratégia da Vale, portos do Japão e da Coréia do Sul devem receber os navios, ainda que não a plena capacidade. As embarcações podem "aliviar" parte da carga em terminais flutuantes nas Filipinas --um já está em funcionamento ( e há previsão de instalação de outra unidade, um navio que estoca minério). O executivo disse que os 35 supercargueiros (a maior parte deles ainda em construção em estaleiros da China e Coréia do Sul) foram projetados para operar em portos chineses, mas enfrentaram a resistência das companhias de navegação locais. Apenas uma embarcação aportou na China. Diante da pressão das empresas chinesas, o governo alterou as regras portuárias e estabeleceu que as autorizações para descarregar em terminais marítimos do país passariam a ser uma prerrogativa do governo central, e não mais de cada um dos portos. Para driblar o problema, a Vale deslocou os navios para rotas na Europa, onde portos na Holanda e Itália recebem as embarcações, e desenhou uma estratégia de construção de centros de distribuição na Ásia. Um já opera em Omã e outro está em construção na Ásia. Passado o período de chuvas no Brasil e furacões na Austrália, os preços do minério de ferro se recuperam e a tendência é de maior estabilidade nos próximos trimestres, segundo Martins. O executivo disse que os preços, porém, vivem um período de recuo após o fim dos problemas climáticos. De todo modo, Martins crê que o minério oscile na faixa de preço de US$ 120,00 a US$ 180,00 a tonelada. Hoje, está na casa de US$ 135,00 a tonelada.

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