sábado, 19 de maio de 2012

Vale estuda vender reservas de minério no Exterior

O novo diretor-executivo de Fertilizantes e Carvão da Vale, Roger Downey, afirmou que os negócios da mineradora em carvão térmico (insumo para geração da energia) não são "o foco" estratégico da mineradora e que a empresa estuda colocar à venda reservas do mineral na Colômbia. O executivo disse que não há ainda uma decisão sobre o assunto, mas reiterou que o principal negócio da Vale é o carvão metalúrgico (usado na produção de aço). "Temos ativos de excelente qualidade e com ótima logística em carvão metalúrgico, que é o nosso foco", disse ele, em referência às minas em Moçambique. Um dos possíveis interessados nas minas em fase de exploração na Colômbia é o grupo do empresário Eike Batista, que tem negócios em carvão naquele país. A Vale reavalia ainda dois outros importantes projetos: o de potássio (insumo para fertilizantes) na Argentina e o de minério de ferro na Guiné. Segundo o presidente da Vale, Murilo Ferreira, o projeto está sob reavaliação desde que houve uma mudança na regulamentação de todo o setor mineral na Guiné, que alterou "significamente as condições do projeto". O governo local passou a exigir uma participação compulsória de 15% em todos projetos, com a possibilidade de ampliar em mais 20% sua fatia nos negócios. A Guiné exige ainda 51% de participação em toda a parte logística dos empreendimentos. A Vale comprou os direitos de explorar as reservas de Simandou, na Guiné, em 2010, da BSGR, que ficou com 49% do negócio. O valor da transação foi de US$ 2,5 bilhões, mas a Vale só desembolsou até agora US$ 500 milhões, segundo Ferreira. Por fim, a Vale reavalia ainda o projeto de potássio Rio Colorado, na Argentina, desde que o país fez novas exigências ao setor mineral e nacionalizou companhias.

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