quarta-feira, 16 de maio de 2012

Senado aprova sistema de dados sobre segurança pública

Com o objetivo de reunir dados nacionais sobre segurança pública e criminalidade, o Senado aprovou nesta quarta-feira um projeto que cria o Sinesp (Sistema Nacional de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas). O sistema pretende reunir, em um banco de dados, informações sobre execuções penais, sistemas prisionais e combate às drogas em âmbito nacional. Os Estados e municípios ficam obrigados a enviar dados para alimentar o banco de dados do sistema, sob pena de não receberem recursos do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) e do Fundo Penitenciário Nacional. O projeto também prevê para quem deixar de fornecer informações ou atualizar seus dados o não recebimento de recursos da União para celebrar convênios ou financiar programas, projetos, ações de segurança pública e do sistema prisional. Pelo texto, os dados devem ser organizados de forma a subsidiar a política de segurança pública do país. Será criado um conselho gestor responsável pela sua administração, com funções a serem definidas posteriormente por regulamentação do governo. Inicialmente, a regulamentação fica sob o comando do Ministério da Justiça. Entre os dados que ficarão disponíveis no sistema estão o registro de armas de fogo, apreensão de drogas, entrada e saída de estrangeiros, nomes de pessoas desaparecidas, recursos humanos e materiais dos órgãos e entidades de segurança pública, assim como condenações, penas, mandados de prisão, entre outros. Na prática, o projeto amplia poderes do FNSP (Fundo Nacional de Segurança Pública), criado em 2001 no âmbito do Ministério da Justiça, ao condicionar o recebimento de recursos ao envio das informações. O projeto prevê como condição para o repasse de recursos do FNSP a instituição de um plano de segurança pública por parte da unidade federativa. Para os municípios, a condição é a existência de guarda municipal. O sistema será controlado inicialmente pelo Poder Executivo e os governos estaduais, mas o texto prevê a adesão dos municípios, do Poder Judiciário, da Defensoria Pública e do Ministério Público. O projeto foi aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado em caráter terminativo. Segue para votação na Câmara se não houver recurso para ser analisado pelo plenário do Senado.

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