quinta-feira, 24 de maio de 2012

PSB pede retirada da urgência no caso do projeto que cria a nova estatal gaúcha, a EGR

A dura posição dos empresários gaúchos contra os pontos centrais do Pacotarso II acabou levando um dos partidos da base aliada, o PSB, que tem três deputados, a pedir que o governo do qual faz parte, retire a urgência em relação a um dos projetos, justamente o que trata da criação da nova estatal, a EGR, a Empresa Gaúcha de Rodovias. O PSB votará contra o projeto, caso o petista Tarso Genro insista peremptóriamente. A oposição, com 23 votos, mais os 3 do PSB e provavelmente os 7 do PDT (o PDT também tem sérias restrições ao projeto) decretarão a derrota do projeto. O PSB seguiu a liderança do secretário de Infraestrutura e Logística, a quem ficaria subordinada a EGR. Ele alegou que não foi consultado e é contra o projeto. A posição do secretário gerou desconforto ao próprio governo, que demonstrou falta de unidade interna. Beto Albuquerque admite a reestatização das estradas pedagiadas, mas sob controle do Daer. O secretário preferiria fazer nova licitação, em novos termos, para manter o modelo de concessão privada, embora com novos investimentos. Também acabou a lua de mel entre as entidades empresariais e o governo Tarso Genro. Acabou a lua de mel entre as entidades empresariais - Fiergs, Federasul, Farsul, Fecomércio e Federação CDLs - e o governo Tarso Genro. No mesmo diapasão da oposição, as entidades estão contra a criação da nova estatal, a EGR, como também contra as novas taxas de serviços públicos e o aumento da alíquota previdenciária. Os empresários querem que seja mantido o atual modelo de concessão de estradas, sob novo formato, são contra aumento de carga fiscal e querem reforma da previdência e não apenas aumento de alíquota para fazer caixa. Desde o governo Yeda Crusius, quando ocuparam as galerias para ajudar a sepultar o reajuste do ICMS, as entidades empresariais ficaram de fora da Assembleia, mas esta semana voltaram aos gabinetes dos líderes. Tarso Genro tentou cooptar as entidades através do Conselhão, que acabou revelando-se um elefante branco.

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