segunda-feira, 14 de maio de 2012

Presos palestinos fazem acordo com Israel para suspender greve de fome

Os representantes dos presos palestinos em Israel e a administração penitenciária assinaram nesta segunda-feira um acordo para dar fim à greve de fome de mais de mil detentos palestinos, indicaram líderes dos presos. "Todos os movimentos palestinos assinaram um acordo na prisão de Ashkelon para suspender a greve de fome", declarou o presidente do Clube dos Prisoneiros Palestinos, Qaddura Farès. O caso mais grave era o de Thaer Halahle, que estava há mais de 75 dias sem comer. Mona Nedaf, advogada da associação de defesa dos prisioneiros Adamir, visitou na sexta-feira o detento, de 33 anos, e disse que ele estava com pressão alta, febre e vomitando sangue. O médico da prisão lhe informou sobre uma infecção em parte do corpo e advertiu que "morrerá a qualquer momento" se não se alimentar. Thaer era, junto a Bilal Diab, o prisioneiro que estava há mais tempo sem comer, mas havia outros cinco que estavam também em situação crítica: Hassan Safadi, Omar Abu Shalal, Mohamad Taj, Mahmoud Sarsak e Jaafar Azzedine, que estão internados na enfermaria da prisão de Ramla, apesar dos apelos de organizações humanitárias para que sejam transferidos a um hospital civil. Os grevistas exigiam o fim das prisões administrativas e as penas de isolamento (que atingem 17 prisioneiros, alguns deles há uma década), uma melhora das condições de encarceramento, melhor atendimento de saúde e a possibilidade de receber visitas de familiares e de cursar estudos a distância, entre outros.

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