quarta-feira, 30 de maio de 2012

'Não me considero braço direito de Cachoeira', diz investigado à CPI

Apontado pela Polícia Federal como contador do empresário Carlos Augusto Ramos, Lenine Araújo de Souza disse nesta quarta-feira à CPI do Cachoeira que não se considera "braço direito" do empresário e que não é sócio de Cachoeira em nenhuma empresa. Ele se dispôs a colaborar com a CPI após seu depoimento à Justiça de Goiás, marcado para esta quinta-feira. "Sou administrador de empresas formado. Tenho empresas, mas não sou sócio de nenhum das empresas investigadas. Não me considero braço direito de Cachoeira. Meus bens estão todos declarados no meu imposto de renda",.afirmou ele. Lenine contou aos parlamentares que foi preso no dia 29 de fevereiro e levado a uma prisão de segurança máxima, em Mossoró (RN), sem ter conhecimento do que era acusado. Nesse presídio, disse, ficou 15 dias isolado numa cela. "Foram 15 dias direto, sem banho de sol, livro, revista. A única forma de comunicação era por meio de requerimentos por escrito encaminhados ao psicólogo. "Me disseram que fui enviado para um presídio de segurança máxima por questões de segurança. Minha vida poderia correr riscos. Eu nunca fui preso, nunca respondi a processo", afirmou. Após os relatos ao psicólogo, Lenine disse que foi retirado do isolamento e colocado no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), quando já lhe era permitido o banho de sol, mas sem contato com outros presos: "Me senti humilhado e injustiçado". Atualmente, ele está em Brasília, no Complexo Penitenciário da Papuda: "Os contatos com meus advogados são limitados, pelo vidro ou pelo interfone".

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