domingo, 6 de maio de 2012

Ministro Guido Mantega afirma que crédito está abaixo do previsto para estimular economia

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na sexta-feira que o crédito "não está crescendo a contento" para estimular o crescimento do Brasil. "Em 2012, o crédito está se expandindo numa taxa inferior ao desejado para continuar alimentando o crescimento do País", afirmou ele. A solução, disse o ministro, é baixar os juros cobrados pelos bancos. "É preciso aumentar o crédito e diminuir o custo financeiro. As taxas ainda são incompatíveis com a situação do País, que é mais sólida. Não tem coerência as taxas de spread cobradas na economia brasileira, pagas pelo consumidor e pelo empresário", disse. Mantega afirmou que o Banco Central "está fazendo a sua parte", reduzindo a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 9% ao ano. "Mas isso não tem traduzido na redução da taxa de juros para o consumidor", afirmou Mantega. O governo federal vem travando uma queda de braço com o sistema financeiro para reduzir o "spread" bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa cobrada ao consumidor. Dentro do "spread" está o lucro dos bancos. "O spread brasileiro é um dos maiores do mundo, é bem maior do que de outros países, o que não se justifica", insistiu Mantega: "A má notícia é que somos campeões de spreads. A boa é que temos grande margem para reduzi-los". Mantega afirmou que a velocidade de empréstimos caiu no Brasil, como resultado de uma maior cautela dos bancos ao emprestar. O ministro observou que houve aumento da inadimplência, mas afirma que é um movimento "normal", reflexo da desaceleração da atividade no País.

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