quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ministério Público ingressa com ação por descumprimento do TAC do Hospital Centenário pelo prefeito petista Ari Vanazzi

O Ministério Público de São Leopoldo, no Vale do Sinos, ingressou na Justiça contra a administração do Hospital Centenário por descumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado para melhorias no hospital. A ação é movida pela promotora Débora Rezende Cardoso com base em uma inspeção realizada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremers). A execução do TAC se deve ao descumprimento de 20 das 36 cláusulas com as quais o prefeito petista Ary Vanazzi, o vice-presidente administrativo do hospital, Alexandre Andara, e o secretário de Saúde do município, Valmor Ruaro, haviam se comprometido. O documento foi assinado no dia 2 de maio, e parte das melhorias tinham prazos curtos para resolução. "As cláusulas tinham prazo de execução imediata ou de sete dias para cumprimento, mas as melhorias não foram implementadas", afirma a promotora. Entre os descumprimentos, a promotora cita o não preenchimento completo dos formulários dos pacientes, a falta de médicos nas escalas de plantão, de médicos-auxiliares em cirurgias e a não entrega da inscrição no Cremers das empresas terceirizadas. Além disso, foram compradas macas com proteção lateral, mas as proteções não estão sendo utilizadas. O Cremers já pediu o fechamento do hospital, que continua funcionando por insistência do Ministério Público Estadual e da Justiça, mas ele continua administrado em perfeita desordem administrativa. O ex-diretor Clínico do Centenário, Carlos Arpini, entregou dossiê sobre assombrosas malfeitorias no hospital, que é objeto de investigações por parte da Polícia Civil. Arpini foi ameaçado, esfaqueado e vive sob proteção policial. O TAC prevê multa de R$ 500,00 por dia para cada cláusula não cumprida. O clima político e social em São Leopoldo é de medo, apreensão e desordem, já que o prefeito Ari Vannazi, do PT, controla 11 dos 13 vereadores, detém o comando político local e a mídia mal cobre as investigações da Operação Cosa Nostra. Apesar disto, o prefeito acaba de se eleger presidente da Famurs, porque seus colegas prefeitos desconsideraram as acusações que pesam contra ele.

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