terça-feira, 8 de maio de 2012

Ministério Público espera condenar Cachoeira a 30 anos por diferentes crimes

Em uma velocidade bem acima da média brasileira, a Justiça Federal de Goiás deverá concluir até o final de junho o primeiro julgamento do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A expectativa do Ministério Público Federal é que o bicheiro seja condenado a pelo menos 30 anos de prisão. Cachoeira e mais sete cúmplices, seis deles ainda presos, foram denunciados pelos procuradores Léa Batista e Daniel de Rezende por corrupção, peculato, formação de quadrilha armada e vazamento de dados sigilosos. O caso tramita paralelamente ao inquérito contra o senador Demóstenes Torres no Supremo Tribunal Federal. A Justiça Federal marcou para o próximo dia 31 o depoimento de Cachoeira e dos demais réus da Operação Monte Carlo que ainda estão presos. Deverão ser interrogados ainda o araponga Idalberto Matias, o Dadá; Lenine Araújo de Souza; Wladimir Garcez; José Olympio de Queiroga; e Gleyb Ferreira da Cruz. Raimundo Washington de Souza, solto recentemente, também será interrogado. Está marcado também o depoimento de Geovani Pereira da Silva, contador da organização que está foragido. Se até lá não for preso, caberá ao advogado de Pereira responder às acusações que pesam contra o contador. A Justiça Federal teve condições de avançar no processo porque o inquérito principal da Operação Monte Carlo foi desmembrado de acordo com o tipo de crime atribuído a cada núcleo da organização supostamente chefiada por Cachoeira. A Justiça teve que dar prioridade ao caso também porque o bicheiro e mais seis cúmplices estão presos. Pela lei, processos com réus presos devem ser concluídos em até 82 dias contados a partir da apresentação da formação da denúncia pelo Ministério Público. Cachoeira está detido desde 29 de fevereiro. Numa segunda etapa, os procuradores deverão denunciar Cachoeira por contrabando de máquinas caça-níqueis, lavagem de dinheiro e remessa ilegal ao Exterior. Na primeira denúncia, o Ministério Público Federal apontou o envolvimento de 79 pessoas com o bicheiro. Mas, como mais da metade do grupo é de agentes públicos, a Justiça decidiu desmembrar o processo. Os agentes públicos da organização, a maioria policiais, serão julgados num processo à parte.

Nenhum comentário: