quinta-feira, 24 de maio de 2012

Membros da CPI pedem bloqueio de bens de Delta

Membros da CPI pedem bloqueio de bens de Delta Integrantes da CPI do Cachoeira ingressaram nesta quinta-feira com ação cautelar que pede o bloqueio dos bens da empresa Delta e a nomeação de um interventor judicial para a empresa na Justiça Federal do Distrito Federal. Os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) decidiram recorrer à Justiça por considerarem que a CPI paralisou as investigações sobre a empresa. "Estamos acompanhando na CPI um quase acordo para que membros do PT e do PSDB não sejam investigados. Eu não participo desse tipo de acordo", afirmou Taques. A ação foi protocolada na 14ª Vara Federal do Distrito Federal. Se o pedido for acatado, Taques disse que o bloqueio das contas e a intervenção na empresa vai impedir que a Delta paralise as obras contratadas pelo governo federal, garantindo a manutenção de 30 mil empregos vinculados à empresa. A Delta é a empresa que mais recebeu verbas do Orçamento do Executivo federal desde 2007. "O objetivo é garantir patrimônio público, já que essa empresa é responsável por grande parte das obras do PAC", afirmou Taques. Segundo o senador, se o pedido for acatado, ele também pode paralisar as negociações para a compra da Delta pela holding J&F, dona do frigorifico JBS. Na ação, os três parlamentares pedem o bloqueio de alterações societárias da Delta na Junta Comercial do Rio de Janeiro. Taques disse que a empresa só ficaria autorizada a negociar contratos já firmados com o governo, o que garante que eles sejam cumpridos, já que os valores recebidos pela empresa seriam depositados em uma conta judicial. Em discurso no plenário do Senado, Taques questionou o suposto pagamento ao ex-procurador da República Geraldo Brindeiro, que teria sido feito por um integrante da organização criminosa supostamente comandada pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O senador ingressou com representação no Conselho Nacional do Ministério Público para apurar o caso. Taques afirma que o escritório de advocacia do ex-procurador teria recebido R$ 161,2 mil feito por Geovani Pereira da Silva, contador de Cachoeira. "Não é razoável que membros do Ministério Público possam investigar organizações criminosas enquanto um ex-procurador geral da República recebe dinheiro dessa organização. É uma excrescência um ex-membro do Ministério Público poder advogar", afirmou Taques.

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