terça-feira, 1 de maio de 2012

Juiza argentina quer exumação do corpo de Jango Goulart

A morte do ex-presidente João Goulart no seu exílio na Argentina, em Mercedes, atribuído a causas naturais, poderá sofrer uma releitura surpreendente, caso a Justiça do Brasil acolha a decisão tomada pela juiza Gladis Borda, que na sexta-feira ouviu o neto de Jango, Christopher, que defendeu a exumação do corpo do avô para a realização de autópsia, porque a família acha que houve um assassinato político em 1976. Christopher Goulart viajou na semana passada para a Argentina. Há vários anos os familiares denunciam o assassinato, que teria sido praticado a mando dos militares brasileiros que governavam o Brasil na época e que exilaram Jango. As denúncias na Justiça do Brasil nunca progrediram. O caso ganhou proporções depois que o ex-espião uruguaio Mário Barreiro confessou no presídio de Charqueadas (RS) que participou da conspiração que conduziu à troca de medicamentos que Jango tomava para tratar seus problemas cardíacos. Caso a perícia ocorra, ela será feita por profissionais da Argentina. Num caso extremo, o julgamento dos assassinos ocorrerá na Argentina, onde a Lei da Anistia não protege antigos ditadores.

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