domingo, 6 de maio de 2012

Irã condena advogado defensor dos direitos humanos

O advogado iraniano Mohammad Ali Dadjah, com uma longa trajetória na defesa dos direitos humanos, foi condenado a nove anos de prisão por atentar "contra a segurança nacional". "São nove anos de prisão, dez anos de proibição de exercer a advocacia e de ensinar na universidade e uma pena de chicotadas transformada em uma multa de 25 milhões de rials (US$ 1.500) por 'atentar contra a segurança nacional' e pertencer ao círculo dos defensores dos direitos humanos", disse Dadjah. Muitos advogados que pertencem a esta associação fundada pela Prêmio Nobel da Paz, Shirin Ebadi, foram condenados a importantes penas de prisão nos últimos anos, acusados de "atentar contra a segurança nacional" e fazer "propaganda contra o regime islâmico". A Anistia Internacional pediu às autoridades que anulem imediatamente a sentença. "O único crime de Dadjah é ter defendido os direitos dos demais. Jamais deveria ter sido julgado", afirma um comunicado da organização. Dadjah, que defende sobretudo o histórico líder da oposição liberal, Ebrahim Yazdi, de 80 anos, e condenado a oito anos de prisão em 2011, e o pastor Yussef Nadarjani, que pode ser condenado por apostasia.

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