quarta-feira, 30 de maio de 2012

Investigado consegue no Supremo direito de ficar calado na CPI

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, concedeu o direito a Gleyb Ferreira de permanecer em silêncio na CPI do Cachoeira. Ferreira foi convocado na condição de investigado para depor nesta quarta-feira por ser considerado "laranja" no suposto esquema de jogos ilegais comandado pelo empresário Carlos Cachoeira. Após ler a decisão de Toffoli, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), perguntou a Gleyb se ele iria se pronunciar e responder às questões postas pelos integrantes do colegiado. "Vou usar o direito de permanecer calado", respondeu o depoente. No fundo da sala da comissão, a mulher de Gleyb acompanhou a sessão de forma discreta. Além de Gleyb também está previsto no dia de hoje o depoimento de José Olímpio de Queiroga Neto, um dos supostos operadores do esquema no Distrito Federal; Lenine Araújo de Souza, apontado como contador do grupo de Cachoeira e Cláudio Abreu, ex-diretor regional da Delta Centro-Oeste. Os três também tiveram aprovados pelo Supremo pedido de liminar em Habeas Corpus para permanecerem em silêncio. Por sua vez, o tesoureiro da campanha do governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), Jayme Rincón, que iria depor como testemunha, alegou que estava doente e não vai comparecer à Comissão nesta quarta-feira. "Isso é um direito constitucional. Não desmoraliza a CPI. Mas esse habeas corpus é desnecessário não está a altura do Supremo", afirmou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) durante a sessão. "Estamos dando um passeio para eles. Damos café, água gelada e eles voltam para a cadeia", disse o deputado Chico Alencar (Psol-RJ).

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